25 de set. de 2010

Formigueiro artificial - Saúva limão (Atta sexdens)

Formigueiro artificial (sauveiro) construído em fibra de vidro para criação e exibição de uma colônia de saúvas. O sauveiro era mantido em um recipiente de vidro retangular (tipo aquário), sendo transferido para o formigueiro artificial, para atender os projetos de educação ambiental da empresa.
 Dimensões: 2.20 m de comprimento, 0.80 m de altura e 0.75 m de largura.

Behind the scenes

A construção do formigueiro artificial demanda várias etapas:
  1. Construção de base para modelagem em gesso.
Base construída com placa de MDF 3 mm e papelão de tapeceiro.
Parte superior da base com canaleta para água e barreira contra fuga.
Minha gatinha "minhoca" inspecionando o trabalho.

 2 - Modelagem em gesso.
Modelagem da parte superior do formigueiro:"murundu ou murundum", olheiros, trilhas e canaleta de água.
Detalhe da modelagem das câmaras (panelas) onde as saúvas cultivam o fungo, do qual se alimentam.

3 - Após modelagem em gesso das partes que compõe o formigueiro, há aplicação de fibra-de-vidro (manta + resina) para dar o formato final do formigueiro.
Os moldes de gesso são descartados, sobrando apenas as placas modeladas de fibra-de-vidro que serão unidas para formar o formigueiro.
Placa de fibra-de-vidro das câmaras (panelas).
Parte traseira da placa das câmaras mostrando o sistema de ventilação: "ralos" plásticos para banheiro com telas metálicas para impedir a fuga das saúvas.

4 - Juntar as partes e aplicar impermeabilizantes e protetores contra desgaste (impermeabilizante para caixa d'água ("Sika") e "batida de pedra").
Parte superior do formigueiro com aplicação do impermeabilizante e "batida de pedra". Teste de cor num dos "olheiros". Batida de pedra é um produto que possibilita a criação de texturas diversas na fibra-de-vidro.
Detalhe da aplicação dos produtos citados acima, nas câmaras de criação.

5 - Pintura com tinta PVA atóxica, em todo o formigueiro.
A pintura do formigueiro procurou imitar as características de um sauveiro natural, quanto a cor e a textura.
Na parte frontal das câmaras foi colocado uma placa de acrílico transparente para a visualização das partes internas do sauveiro, bem como impedir a fuga das saúvas.
Parte traseira das câmaras mostrando o sistema de ventilação.
Formigueiro finalizado e pronto para receber a colônia de saúvas.
Câmara com fungos e saúvas que foram transportados do antigo recipiente de criação.
Detalhe das câmaras que receberam as saúvas. Algumas câmaras ficaram vazias para que as saúvas as usassem como depósito de lixo.
Detalhe das saúvas coletando material do bagaço de laranja, canaleta com água e as câmaras da parte frontal do formigueiro.
A alimentação também pode ser oferecida através de mudas em tubetes, trocando a base fechada da área de alimentação, por uma placa perfurada para encaixar os tubetes. No exemplo, mudas de eucalipto.
Formigueiro pronto! As saúvas instaladas na nova moradia e o expositor pronto para ser utilizado nas visitas das escolas e nos projetos de educação ambiental.
O design desse produto levou em consideração que a maioria dos visitantes são alunos do ensino fundamental e médio. Assim, a altura permite que crianças, adolescentes e adultos tenham uma visão privilegiada do fascinante mundo das formigas, em especial das saúvas. 
A manutenção das condições biológicas para o desenvolvimento da colônia  ocorre através de várias estruturas desenvolvidas para cada tópico importante na criação da colônia: alimento (área de alimentação com folhas e tubetes com mudas), água (canaleta), temperatura das câmaras (ventilador e medidor de temperatura), impedimento da fuga (canaleta).

O custo atual desse formigueiro é de R$ 7.000,00, com prazo de entrega de 40 dias. Não está incluído o preço do frete.



24 de set. de 2010

Restauração de réplica da lagarta do bicho-da-seda (Bombyx mori)

A réplica pertence ao Laboratório de Insetos Úteis, do Departamento de Entomologia da ESALQ/USP, Piracicaba, São Paulo. Foi elaborada pelo naturalista francês, Emile Deyrolle e adquirida pela universidade.
É formada por cinco partes: corpo dividido em duas partes iguais (corte sagital), sistema digestório, sistema nervoso e base de madeira com suportes de metal.
Réplica montada. A réplica tem 1.23 m de comprimento.
Detalhe da parte interna da lateral que encaixa na base, com muitas rachaduras, tinta descascando e partes quebradas.
 Mais detalhes da parte interna da mesma peça acima.
Vista interna da peça.
Vista externa da peça.
Detalhe das trincas, rachaduras e a falta de partes da estrutura, na parte superior da peça.
 Detalhes da situação da cabeça da lagarta.
 Vista da lateral fixa na base de madeira.
Sistema digestório.
Sistema nervoso.
Detalhes da parte inferior da réplica montada.
Vista superior da réplica.
Detalhes de intervenções anteriores.

A primeira fase consiste no levantamento de dados sobre a réplica: material utilizado, material para comparação (fotos, vídeos) e outras informações. Assim que possível, vou colocando novos fatos e a sequência das etapas de restauração.

9 de set. de 2010

Réplica do Wall-e

Réplica executada para loja de brinquedos, em shopping de Goiânia.

Wall-e em construção: placas de poliestireno branco, mdf 9mm, massa plástica.
Vista lateral: detalhes da lagarta e engrenagens (placas de poliestireno, "pratos" de vasos de plástico, fita de espuma de alta densidade, massa plástica.
Wall-e desmontado: todas as partes que compõe a réplica são presas através de porcas e parafusos.
Detalhe dos braços: tubos de PVC em vários diâmetros, placa de polistireno de várias espessuras, dobradiças de metal.
Wall-e completo.
Wall-e comparado a garrafa pet de Coca-cola de 2 litros.

Réplica de abelha do mel para venda



Réplica para venda, sob encomenda.
Preço: R$ 5.000,00
Prazo: 50 dias para entrega
Frete não incluso 

Características da réplica 
Comprimento: 40 cm
Largura: 8 cm 
Altura: 12 cm 
Peso: aproximadamente 9 quilos
Materiais utilizados na réplica: resina de poliéster, massa plástica, conectores de alumínio + imãs de neodímio, tinta PVA atóxica, pêlos artificiais de plástico e verniz a base de água.
Materiais utilizados no expositor: papelão de tapeceiro, placa de PVC transparente, rebites de alumínio, espuma, cola branca, adesivo de contato, betume e verniz a base de água.
           Peças que compõe a réplica
1 - tórax + abdome
2 - cabeça
3 - antena
4 - 1º par de pernas
5 - 2º par de pernas
6 - 3º par de pernas
7 - músculos das asas
8 - aparelho digestório
9 - asa anterior
10 - asa posterior
11 - cúpula
12 - base de sustentação
13 - depósito das peças
Total de 13 peças desmontáveis


Depósito das peças - todas as partes que compõe a réplica são armazenadas na parte inferior do expositor, protegidas por espuma, para transporte da réplica.

Base - suporte para exposição da réplica.




Cúpula - proteção, estrutura de exibição e transporte da réplica.


Vista lateral - corte mostrando morfologia interna da abelha.

Vista lateral - morfologia externa: detalhes do abdome e tórax, asas, pernas, antena.

8 de set. de 2010

Restauração de réplica da Abelha do mel (Honey bee - Apis mellifera).


Réplica de abelha pertencente ao Laboratório de Insetos Úteis, do Departamento de Entomologia da ESALQ/USP, Piracicaba, São Paulo, executada pelo naturalista francês, Emile Deyrolle, no início de 1900. Elaborada em gesso e com encaixes de metal, tendo como base, uma prancha de madeira pintada.


A peça apresenta vários pontos com rachaduras, encaixes danificados, camadas de gesso faltando ou soltas, trincas, pintura danificada ou inexistente, pintura em intervenção anterior, com erros. Faltavam, ainda, as asas e a antena.


 Encaixes das pernas danificados.


Rachaduras na parte superior da cabeça, perfuração na parte superior do tórax para introdução de objeto de metal para "segurar" a peça que representa os músculos das asas.

A restauração, de comum acordo com o Prof. Dr. Marchini, responsável pelo Laboratório de Insetos Úteis, levou em consideração, três princípios:
  • Histórico: época em que foi construída a réplica, materiais utilizados, o artista da obra;
  • Estético: dentro do possível, não alterar o original;
  • Funcional: resgatar a funcionalidade das peças para atender o objetivo dado pelo artista.
Optou-se pelo uso da massa plástica para recompor as partes danificadas, como por exemplo, os encaixes, devido sua resistência ao desgaste ser bem maior do que a do gesso. As asas foram feitas com resina de poliéster transparente, pintadas com tinta PVA atóxica, betume e verniz a base de água. A antena foi feita com resina de poliéster e teve o mesmo acabamento que as asas. O expositor foi elaborado com cantoneiras de alumínio, rebites e placa transparente de polistireno.



Réplica pronta (após 60 dias de trabalho) - todas as peças foram restauradas. Todos os encaixes: cabeça, antena, pernas, asas, músculo das asas e sistema digestório tornaram-se funcionais, ou seja, podem ser retirados da peça principal (tórax + abome) para as atividades de ensino.


Réplica na base, comparada com "pet" de Coca-Cola de 2 litros de capacidade.



 Réplica em expositor.