6 de out. de 2010

Livro cataloga borboletas no Estado de São Paulo






O objetivo dos professores da USP/ESALQ é apresentar de forma didática e com linguagem simples, as espécies.


         O conhecimento na criação de borboletas tem contribuído para reduzir o risco de extinção de espécies desse grupo, não somente pela aplicação de técnicas de manejo, mas também pelo fato de sensibilizar os visitantes no contato com animais tão belos e, ao mesmo tempo, tão frágeis. Com o propósito de apresentar, de forma didática e com linguagem simples, as espécies de borboletas encontradas no Estado de São Paulo, Evoneo Berti Filho e João Angelo Cerignoni, professor e técnico de laboratório, respectivamente, do Departamento de Entomologia e Acarologia (LEA), da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), organizaram o livro “Borboletas”.

Lançamento da Editora Fealq, a publicação surgiu a partir da necessidade do (LEA) concentrar e ampliar a área de visitação escolar ao borboletário. Iniciaram-se então as pesquisas para identificar e avaliar, na região, a fauna de borboletas e a flora associada a esses lepidópteros. “Assim fizemos um estudo dos aspectos biológicos, das condições de habitat, da estrutura do criadouro, além da manutenção de criação massal e de populações”, comentam os organizadores da obra.

Os dados publicados foram coletados entre 2000 e 2010, em visitas feitas a criadores credenciados nos Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, com objetivo de desenvolver técnicas de criação sustentável.

“Borboletas” traz informações sobre os estágios de desenvolvimento até a fase adulta e sobre as plantas hospedeiras das lagartas. Com destaque para as fotografias dos insetos, o livro está organizado em capítulos por famílias (Pieridae, Papilionidea, Lycaenidae, Nymphalidae), informado características biológicas e de hábito de cada espécie. Além disso, o leitor encontrará todas as informações de como organizar um borboletário, normas e leis do Ibama, diretrizes do plano de manejo sustentado para a criação desses insetos, dúvidas frequentes e um capítulo sobre lagartas urticantes.

http://www.esalq.usp.br/borboletas

Restauração de réplica da lagarta do bicho-da-seda (Bombyx mori) Continuação - 1

1 - Para iniciar a restauração, é preciso retirar a peça da base e uni-las, temporariamente, porque a lateral (destacável), perdeu a estabilidade devido as inúmeras rachaduras que apresenta. É necessário juntar as peças para manter o encaixe perfeito, após o uso da massa plástica que dará a estabilidade necessária à peça.
Peça retirada da base e unida por fios flexíveis.

2 - Raspagem e retirada das partes danificadas, trincadas ou soltas.
Ao iniciar a raspagem da peça, é comum algumas partes se soltarem ou apresentarem defeitos que não eram visíveis externamente, como essa "cratera" que apareceu logo no início dos trabalhos.
Detalhes das rachaduras, trincas e partes danificadas, inclusive com perda de material.

3 - Abertura de sulcos, com a utilização de micro-retificadeira (Dremel), nas trincas e rachaduras maiores para colocação de hastes metálicas ou plásticas (PVC 2mm). As hastes e a massa plástica darão estabilidade a peça.
Abertura dos sulcos.
Detalhe da "cratera" e dos sulcos.
Detalhe do uso de haste metálica, utilizada pelo autor original da peça, o naturalista francês Emile Deyrolle, e intervenção posterior, utilizando massa epóxi, que será substituída por massa plástica e modelada para dar o formato original da peça.
4 - Colocação de hastes metálicas e plásticas.
Hastes metálicas dentro dos sulcos, que serão preenchidos com massa plástica.
Hastes plásticas de PVC (originalmente utilizadas para "soldar" tubos de PVC).

5 - Utilização de massa plástica para cobrir as rachaduras, trincas e sulcos com as hastes, modelando o formato original da peça.
A primeira camada de massa plástica apresenta uma superfície rugosa, indefinida, se comparada com o restante da peça, o que é normal para o processo.
Mais detalhes da aplicação da massa plástica. Nesses casos, a melhor massa, na minha opinião, é a ultra-light, da Maxi Rubber, pois apresenta baixa densidade, fácil aplicação e, principalmente, é mais fácil de lixar e dar acabamento.
A primeira etapa da aplicação da massa está concluída. Após secagem da massa, (recomendo 24 horas), começa o processo de lixamento, com o uso de lixas para massa plástica, de várias gramaturas: 100, 150 e 320.

6 - Raspagem da tinta solta, partes quebradiças ou soltas, da parte interna da peça.
A parte interna, assim como a externa, apresenta várias rachaduras, trincas, partes quebradiças ou soltas, além da camada de verniz e tinta, ressecadas e soltas. É necessário muita paciência, utilizar instrumentos de dentistas, escovas, pincéis, pequenos pedaços de lixa etc., para remover a tinta solta.
Detalhe da parte posterior da peça onde parte da tinta solta já foi retirada.

7 - Lixamento da peça.
Após o lixamento da parte externa da peça, é possível observar a diferença entre as duas partes: a parte superior, em branco na foto, é a peça já trabalhada e lixada.
Nessa primeira etapa, ainda ocorrem imperfeições nas partes onde foram aplicadas a massa. Assim, nova camada de massa é adicionada para retirar essas imperfeições, nova etapa de lixamento para que a peça fique com a superfície lisa, sem defeitos.
Detalhe dessa primeira etapa, com a haste metálica ainda visível. Após a segunda etapa de aplicação da massa, ela não será mais visível.
Detalhes da parte inferior da peça.
Vista externa da peça, com a primeira etapa da aplicação da massa plástica e o lixamento, finalizada.

8 - Aplicação de massa plástica nas rachaduras e trincas da parte interna da peça.
Todo o trabalho executado na parte externa, será repetido na parte interna, com exceção do uso de hastes metálicas. São abertos sulcos nas maiores rachaduras e cobertos com a massa plástica.
Partes quebradiças são retiradas, partes que faltam são modeladas na massa plástica para recuperar o formato original da peça.

Continua... num próximo capítulo!